quinta-feira, 29 de novembro de 2012

VINHAS DE ONDE? por Marcelo Vinhas

Sempre fui à favor da Copa no Brasil. Não pelo futebol em si, mas porque talvez seja a única forma de, no médio e curto prazo, o país passar por transformações logísticas e estruturais indispensáveis para o crescimento. Falo de infraestrutura aeroportuária, rodoviária, transportes coletivos, acessibilidade, e por aí vai. Mas vamos focar mais no futebol.

É inconcebível que a população do país mais vencedor do esporte mais popular do mundo não confie na entidade responsável pela gestão do esporte em seu país. Dados da Fundação Getúlio Vargas estimam que o futebol movimenta R$ 16 bilhões anualmente no Brasil. No mundo esse valor pula para US$ 250 bilhões. Comandar a instituição que gestiona a seleção dos jogadores mais valorizados do mundo é um poder que parece seduzir.

Saiu Ricardo Teixeira, mas seguem as trapalhadas. Segue a crescente falta de credibilidade perante a um povo apaixonado por futebol. Um povo que chora e reza pelo time, veste a camisa, vai ao estádio, tatua o nome dos jogadores. Por que há cada vez mais brasileiros torcendo contra a seleção? Com certeza a globalização não é desculpa pela falta de patriotismo. A resposta tem três letras: CBF.

Por que a CFB historicamente não se relaciona bem com o governo federal? O que aconteceu antes da final da copa de 98? Qual é a verdadeira autonomia de um treinador da seleção brasileira? Por que, quatro meses antes de renunciar, Ricardo Teixeira vendeu a organização dos amistosos da seleção até 2022? Qual era (ou é) a verdadeira interferência da Nike junto à seleção? Por que Teixeira renunciou às vésperas da Copa? É verdade que ele no momento recebe R$ 150 mil mensais a título de consultoria?

O Brasil tem ótimos jornalistas esportivos, mas que se restringem a comentar o que acontece em campo. Lamentavelmente o povo precisa de mais respostas. Ainda assim, acabo de ler uma notícia que me deixou contente: Romário vai coletar assinaturas para instaurar CPI da CBF.

Parreira, Zagallo, Felipão, Parreira, Dunga e Felipão. Segue o ciclo de nomes repetidos. Segue o conservadorismo em nome da maior credibilidade, ou da menor desaprovação. Resta torcer.

Por enquanto a única coisa certa é que no próximo final de semana haverá Taça RS da modalidade livre. Faço desde já a minha aposta para o título: Pedro Hallal. Aguardem!

6 comentários:

Unknown disse...

Camarada Vinhas !

O texto "vinhas" bem, "vinhas" sério, mas de repente apareceu um Romário como exemplo de alguma boa atitude e uma projeção bizarra para dizer o mínimo quanto a Taça RS... rsrsrs.

Um abraço,
Gothe.

Unknown disse...

Gothe,

O baixinho é o cara! hahaha!

Sobre a projeção bizarra, mantenho a minha aposta.

Abraço,
Vinhas.

SAMBAQUY, Adauto Celso disse...

Amigo Vinhas,
Por essa e outras razões é que eu considero como a melhor seleção brasileira de todos os tempos a que nos deu o primeiro título: 1958.
O livro escrito pelo Dr. Francisco Michielin, editado pela Maneco, de Caxias do Sul, com o título A PRIMEIRA VEZ DO BRASIL, relata em detalhes a odisséia daqueles craques, cujos salários não eram como os atuais e que saíram do Brasil vaiados. Carregavam ainda a síndrome do Maracanazzo e o fracasso na Suíça, quatro anos antes. No livro há um capítulo Conflitos e Confusões que relata as brigas da CBD. Aconselho a leitura, pois imperava ainda um espírito amadorista. Hoje tudo é um balcão de negócios. Depois deles, a despeito dos desmandos da CBD, hoje CBF, passaram a nos respeitar. Tudo ficou mais fácil e negociável...

Pedrinho Gmail disse...

Eu já achava que não seria campeão, mas agora tenho certeza. Ser o "cavalo" do Vinhas é azar eterno.

Anônimo disse...

Senhores, na coluna lateral, onde aparece ENQUETE de quem será o campeão das finais, não está ativa, não consegui votar em ninguém, apesar de meu candidato . Hyago, nem aparecer na pesquisa!

Augusto 2 - toques disse...

Tá tão ativa quanto a tua sexualidade!!! hahaha não enche o saco brochinha