quinta-feira, 4 de outubro de 2012

MANIFESTO & SOM, por Juarez Fuão


Futebol de Mesa e Rock n’Roll: o gol e o som

Olá, pessoal! Depois de um bom tempo afastado do blog, retorno após uma remodelação de seu formato chefiada pelo Marcelo (sim, por vezes ele também imita o CHEFE). Nesses últimos dias prometi a mim mesmo que não tocaria uma única vez no nome do Paul McCartney nessa primeira postagem. Cumprirei a promessa: Paul McCartney só nas próximas...

No entanto, não fugirei tanto assim de assuntos musicais logo na chegada. Nem todos percebem, mas futebol de mesa e rock n’ roll costumam se aproximar em várias ocasiões, formando uma bela dupla capaz de gerar belos papos musicais ao redor da mesa. A minha história no futmesa está intimamente ligada a essa fusão entre o gol e som. O cara que me apresentou uma associação (no caso o Sport Club Rio Grande) era, e ainda creio que seja, apaixonado por heavy metal a ponto de mandar fazer uma equipe com escalação de grandes nomes da cena metaleira. Dave Mustaine, Paul Stanley, James Hetfield, Bruce Dickinson, entre outros, deslizavam (o Pedrita contestaria essa minha afirmação sob a alegação que cavados não combinam com tal atividade) nas mesas papareias lá no final da década de 80 e início dos 90. Eduardo Costa Ribeiro (apesar de não ser parente do Marinho da ARFM, vem da mesma linhagem nobre do gol e som) fazia do botão um lazer e do som uma religião.  Nesse esquema, Túlio, como ficou conhecido, não se furtou apenas a me apresentar o futmesa oficial, mas me fez conhecer outros caminhos e descaminhos do som mais pesado.

Já totalmente envolvido com essa bela fusão entre o gol e do som, lembro-me que no início dos anos 90 eu carregava na minha caixinha de botões uma foto do grande frontman do mundo metal: Bruce Dickinson! Ainda guri novo, entendia-o como um talismã, uma espécie de guru da minha equipe. Certa vez, em uma Taça RS realizada na longínqua Alegrete, após uma sexta-feira desastrosa em minhas primeiras partidas, abri a caixinha e fixei a imagem do líder do Iron Maiden. Ali mesmo, tendo como testemunha o meu companheiro de campeonato, o grande Casquete, comecei a conversar com Bruce pedindo proteção para uma futura reação histórica, dessas que até o Alixa ficaria com inveja. Sábado começa e não deu outra! Entrei no campeonato e só fui eliminado na última partida, quando precisava ganhar e somente empatei com o amigo Osmar.

Pronto! Estava criado mais um mito do botão e do rock n’ roll! Bruce era capaz de dar forças ao meu time! Dali em diante, não só o Bruce marcou presença na minha caixa, como o Metallica também cavou um lugarzinho (claro, se um já era bom, dois não pioraria!)

Os anos se passaram e parei completamente de carregar fotos-talismãs...(talvez esteja aí o meu problema! Esse post está servindo como um divã público...)

Voltando a falar do cara que me levou ao futmesa, é impossível falar dele sem lembrar a sua paixão pela banda de New York: o KISS!! Esse grupo norte-americano era o Beatles do Túlio! Algo inatingível para qualquer outro super-grupo. Discos e mais discos enriqueciam a sua coleção, desde a época mascarada até a época em que eles resolveram mostrar o quão feios eles eram e resolveram, incrivelmente, a retirar suas máscaras. Vendo de fora essa paixão do Túlio com o Kiss, eu nunca conseguia entender como alguém permanecia amando tanto uma banda que havia deixado para trás a sua marca registrada. Era ingênuo, pois estava na cara! O som era que importava! A música que o tinha fascinado ainda era capaz de fascinar o fã, independente da imagem utilizada. Simples de entender, mas a minha cultura musical ainda estava em formação para compreender algo assim.

(Prometo que agora vou acelerar a minha narrativa!) E não é que esse Beatles do Túlio, esses mascarados que vomitam sangue, cospem fogo, guitarras saem faíscas e que tanto encantaram o mundo na década de 70, estarão no mês de novembro em Porto Alegre? Para mim será um revival daquela época em que jogar futmesa e conhecer mais e mais metal eram minhas grandes preocupações. Será mais uma chance de tentar entender qual a real magia que fascinava tanto o cara que me apresentou ao futmesa. Enfim, será mais uma noite de verdadeiro Rock n’ Roll...e lembranças da bolinha amarela!

A continuar...

Obs: Perdoem-me a extensão do texto! Sou historiador...sofro desse mal...

12 comentários:

Pedrinho Gmail disse...

Excelente o texto do Zé Juarez, só faltou mencionar o maior de todos,

Marcelo disse...

Finalmente o Juarez falou de um Paul que faz rock de verdade, o Paul Stanley!

Marcelo disse...

Se os ídolos do Juarez eram Dave Mustaine, James Hetfield e Bruce Dickinson, pode-se concluir que o Juarez GOSTAVA de heavy & rock.

Anônimo disse...
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Augusto 2 - toques disse...
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Otávio Vinhas disse...

Bela coluna, JG, até inspiradora, diria.

O único problema é que, como se pode observar pelos comentários, nós que somos uns dos poucos "do rock" neste meio botonístico, estamos sujeitos a péssimas interpretações por quem não conhece nossa linguagem.

jfuao disse...

A cada dia o Otávio comprova ser o mais inteligente da família e, possivelmente, de toda a Academia.

Caju disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Caju disse...

Fala Fuão....

Sei que gosto é que nem bunda, cada um tenha a sua...rss. Mas faltou mencionar o grande Neil Young & sua banda Crazy Horse...O "velhinho" ainda faz um rock de primeira.

Parabéns na nova estrutura do site, ficou show de bola..

Abraço - Caju Franzen F.M

jfuao disse...

Caju,

Neil Young tb é um dos meus mestres musicais. Ainda sonho em vê-lo.

Abraço

Juarez

Caju disse...

Tem muitos grupos bons.O Crazy Horse é um dos preferidos, fora isso tem aqueles "sons de base" para o inicio de qualquer roqueiro (Led,Purple e Sabbath). As dicas que posso deixar é o som original do The Clash ("Sandinista" é um baita álbum), que não é somente punk rock e as belas composições instrumentais de Frank Zappa.

Vida longa pros "venenos".

Abraço.Caju - Franzen F.M

Silva.lfs disse...

Parabéns finalmente alguém que sabe escrever nesse Blog.