Pedrinho na Terra da Rainha

Londres e o Figueira

A coluna de hoje será dedicada ao meu grande amigo FIGUEIRA. O Figueira já mereceria todas as honras do mundo por duas coisas que marcam a vida dele. Em primeiro lugar, ele praticamente inventou o futebol de mesa, tendo sido um dos principais divulgadores e apoiadores do nosso esporte desde os primórdios. Sempre fico impressionado quando ele me conta que, enquanto presidente da CBFM, ele tentou visitar todas as associações de futmesa do país. A segunda coisa marcante do Figueira é a sua aposta eterna e condicional no mesmo cavalo, independente do páreo: PAULO ZILBERKNOP. Pergunte para Figueira em quem ele aposta em qualquer campeonato e a resposta é sempre a mesma: O MEU CAVALO É O ZILBER. Foi o Figueira, portanto, que criou toda a torcida que existe hoje para o Chefe, a qual já até criou um hino para empolgar as torcidas desse mundo.

Foto: Pedrinho e seu estilo figueira-londrino

Aqui em Londres, eu lembro muito do Figueira, não só por saudades do amigo, mas também porque vejo todos os dias várias pessoas usando sobretudo. E sobretudo é a cara do meu amigo Figueira. Aliás, acho que o Figueira é o meu amigo com maior diferença de idade, mas pensando bem, qual o problema em ter um amigo bem mais velho ou bem mais novo do que a gente? O Figueira é amigo do meu pai e hoje é um dos principais amigos que eu tenho na vida.

Claro que quando ele me ganhou três vezes consecutivas num mesmo sábado, foi difícil aturar. Ouvir Adãozinho, Doutor, Romeu em três derrotas consecutivas foi brabo. Mas sinceramente, o homem estava tão inspirado naquele dia que eu não tinha muito o que fazer. Aliás, o Figueira joga só de liso, e incrivelmente, consegue resultados melhores jogando liso contra cavado do que jogando liso contra liso. Vai entender...

Meus jogos com o Figueira são clássicos. Venho numa fase de bons resultados contra ele, o que é sempre importante nos clássicos. Espero que quando eu voltar de Londres, eu não esteja muito “carne fresca”, pois não quero voltar perdendo para o meu amigo e rival. A única crítica que tenho ao Figueira é simples: ELE NÃO ENTENDE NADA DE FUTEBOL.

Pedro Hallal