100 Papas na Língua, por Pedrinho Hallal

Futebol de mesa interno

Tivemos mais um sábado cheio na Academia, sob o comando do ilustre Diretor Técnico Roberto Baggio. Antes das cornetas de sempre, tenho que elogiar o Baggio por estar dirigindo o campeonato de forma exemplar. Só ontem foram 18 jogos, sendo que dois foram bem tensos: Augusto x Baggio (pelo especial) e Juarez x Figueira (Marcelo Vinhas insiste que esse confronto foi pelo campeonato de veteranos).

O jogo Baggio x Augusto começou quente, com um gol para cada botonista nos minutos iniciais da partida. Bola pra lá, bola pra cá, e acaba o primeiro tempo. Descontentes com a mesa, os botonistas resolveram mudar de mesa para a segunda etapa, o que não melhorou em nada a qualidade do jogo, diga-se de passagem. No meio do segundo tempo, Augusto fez uma cavada duvidosa no ataque, e o árbitro Juarez ficou em dúvida. Augusto acha que cavou, Baggio acha que rebateu, Juarez não acha nada, e Pedrinho (que não tinha nada a ver com o pastel) achou que rebateu. Na dúvida, tiro de meta e arrumação de botões. Faltando três minutos, o golpe de misericórdia. Baggio, em jogada pela ponta direita, fez o gol da vitória e vibrou calado.

No outro jogo tenso, Juarez e Figueira caminhavam para um previsível 0x0 quando Figueira teve um chute. Romeu parte para a bola, fura, bate na trave e bate num botão de Juarez. Para Figueira, o botão raspou na bola, então não houve falta. O péssimo árbitro Marcelo Vinhas mais uma vez se omitiu. Juarez achou que foi falta. E assim o jogo acabou, em 0x0, mais uma vez prejudicado pela incompetência de Marcelo como árbitro. Alguns apelidaram Marcelo de “O Maciel da Terra dos Doces”.

Um dos destaques negativos da rodada foi Otávio Vinhas. Perdeu para Paulo Emílio por 2x0, além de ser massacrado por Pedrinho por 4x1. Aliás, nesse jogo, os quatro gols de Pedrinho ocorreram nos primeiros cinco minutos de jogo (ISSO MESMO). Depois disso, o Flamengo tirou o pé do acelerador e levou o jogo até o final, pois imaginem o estrago que um placar final de 40x0 (Regra de três! Marcelo) geraria no roqueiro. Destaque para a arbitragem com narração de Jorge Malhão no segundo tempo.

Ainda na família Iost Vinhas, Marcelo manteve o 100% ao vencer Badia por 1x0 em jogo silencioso. Marcelo promete o título com 100% de aproveitamento em 2013. É esperar para ver. O outro membro da família, Osmar Iost, começou o sábado empatando sem gols com Juarez Fuão, em jogo morno com resultado previsível. Depois, Osmar venceu a Luís Fernando pelo placar de 1x0, em jogo marcado pela má atuação do Barcelona, ainda abalado por resultado anterior (que será descrito mais para frente). Fica a aposta do colunista de que Osmar classifica tranquilo entre os seis primeiros no especial e entre os dois primeiros nos veteranos.

Hyago protagonizou mais um vexame, ao ser goleado por Figueira por 5x1. Aliás, está mais do que na hora de o treinador Bruno dar uns tratos nesse guri, que nem apitar direito apita. Lucas foi outro que passeou no sábado, perdendo para Alixa por 5x1 e para Baggio por 4x1. Além do pífio resultado nas mesas, não gritou nenhuma vez sua frase célebre. Um sábado para esquecer.

Quem teve motivos para comemorar foi este que vos escreve. Além da goleada “um gol por minuto” contra Otávio, consegui uma vitória apertada por 2x1 contra o Filhote Badia e uma vitória de 3x0 sobre Alexandre Gomes, em jogo que ficou marcado pela rígida arbitragem de Paulo Zilberknop. Agora Pedrinho tem 12 jogos no campeonato, contra 3 ou 4 da maioria dos botonistas. Seria ejaculação precoce ou uma série de viagens nos meses vindouros?

Falando em Zilber, ele venceu a Luís Fernando por 1x0, pelo segundo sábado consecutivo. Será que a touca está acabando? E mais uma vez o filme se repetiu: Zilber começou o jogo calado, e logo depois do gol, começou a puxar conversa com todos, inclusive demorando para jogar. Mas o CHEFE não teve só motivos para comemorar no sábado. Um gol de Sócrates aos 49 minutos decretou a vitória do Barril sobre o CHEFE, num dos maiores clássicos da Academia. Entrevistado depois do jogo Figueira declarou: “Poucas coisas no mundo são melhores do que ganhar do Zilber”.

Figueira, em sua maratona de quatro jogos, também bateu a Paulo Emílio por 2x1, em jogo marcado pela pressão de Paulo Emílio no final. Em outra partida, bem menos inspirada, Paulo Emílio foi goleado por Augusto, confirmando a tese de que o Alemão Ainda Vai Dar Bom. A maratona de Paulo Emílio também contou com derrota de 2x0 frente a Trombadia. 

No sábado que vem, mais um sábado lotado na Academia, com destaque para os jogos Osmar x Badia pelas duas modalidades.

Lagoão e Lagoinha

Róbson Bauer foi o grande campeão do 15º Lagoão, tornando-se o primeiro bicampeão da história do torneio. Destaque também para o vice-campeonato do excelente Índio e o título de Pica Pau nos juniores. Umberto faturou o Lagoinha, derrotando Daniel Maciel na final por 3x1. Assim, Daniel Maciel junta-se a Augusto Nedel na galeria dos vice-campeões do Lagoinha. Maciel declarou após o jogo: “Pelo menos eu perdi pro Umberto”. Nos veteranos, título para Carlos do Círculo Militar, um exímio batedor de pênaltis à distância. Na premiação, discursos emocionados e críticos entre amigos.

Futebol de grama

E não é que o time do estacionamento da galeteria conseguiu uma improvável vitória fora de casa e sobreviveu? Deve ter sido inspirado pelo primeiro evento que gerou lotação no estádio: show de Roberto Carlos. No mais, resultados chatos e previsíveis, exceto o empate do Xavante com o Brasil de Farroupilha em casa, por 0x0. Parabéns também para o Lajeadense, que conseguiu uma classificação heroica, no último minuto.  

Pisada na bola

Por fim, destaques negativos para nossos colunistas. Já são 19h de Domingo e Otávio Vinhas ainda não publicou o placar da rodada. Marcelo Vinhas não escreve no Blog há mais de dois meses. Augusto Nedel também despareceu. Mas não só de lamentos vive o Blog. Mateus Pierobom voltou, e com excelente texto, na semana passada.