VINHAS DE ONDE, por Marcelo Vinhas

Teremos seis finalistas na Academia em 2012, sendo que cinco já estão definidos: Mateus, Marcelo, Augusto, Alexandre e Tiago P. Resta saber quem será o sexto, Osmar ou Zilber. Nada mais justo que um jogo extra, o qual ocorrerá no próximo sábado.

Ambos possuem qualidade técnica inquestionável e estilos de jogo parecidos. Certa vez Zilber me disse: “Eu acho o meu jogo muito parecido com o do Osmar, mas eu tento cavar mais do que ele”. Osmar, por sua vez, não concordou plenamente. Na opinião deste colunista, semelhanças existem. Não é à toa que termina empatada a maior parte dos seus confrontos. Não raro em 0x0.

Ambos não apresentam muita regularidade. Isolando-se a inexistência de resultados lógicos no esporte, caracterizo como irregulares os botonistas que estão mais longe de seguir uma tendência pelo nível de dificuldade dos jogos. Nos dois casos que aqui estamos abordando, ambos tendem a demonstrar um melhor desempenho nos jogos de maior dificuldade e, por vezes, se complicarem em partidas bem mais acessíveis.

Ambos preferem jogar na defensiva, esperando a iniciativa do adversário. Isso está longe de ser retranca ou anti-jogo, mas uma postura tática que foi desenvolvida durante muitos anos de futebol de mesa.

No quesito ataque, algumas diferenças. Zilber depende muito do fundamento cavada. No entanto sua irregularidade pode determinar nos primeiros minutos se passará o tempo todo atacando e sufocando o adversário ou não. Tudo dependerá de estar acertando as cavadas, ou não.

O pragmatismo de Osmar calcula a hora certa de atacar, nem que para isso ele precise aguardar 49 minutos. O ataque surge na hora mais oportuna. É como a frieza de um investidor da bolsa que aposta na queda, ou a paciência de um jogador de poker que aguarda pela mão quase imbatível.

Particularmente, apostaria em Zilber se o visse acertar com firmeza a primeira cavada do jogo, mas jogaria minhas fichas em Osmar se visse Zilber errar essa cavada, ou ainda se o jogo virar em 0x0. Pelos perfis psicológicos, a possibilidade maior de gols no primeiro tempo é de Zilber, mas a situação se inverte após os primeiros 25 minutos. Se o jogo for para os pênaltis, nem Matias conseguirá prever o vencedor. Pedrinho, no ápice da sua seriedade, apostaria em um 2x1, sem saber para quem.

Estou bem mais interessado em saber quem apitará este jogo do que em quem será o árbitro de Palmeiras x Fluminense. Ah, já ia esquecendo... Enquanto Osmar e Zilber disputam a sexta vaga, Badia estará na mesa ao lado, se preparando para o Brasileiro.