Como em todas as associações
de futmesa do Estado, a Academia
também apresenta certa relação com a música. Cada integrante possui uma maneira
particular de se relacionar com o assunto. Uns “vivem” por causa da música,
outros vivem e jogam por música, há aqueles que jogam apesar de não entenderem
nada de música e etc. O mais importante é que existem acadêmicos que fazem da
música uma matéria importante para a sua vida. Vejamos alguns exemplos nem tão
semelhantes assim:
A Velha Guarda é a mais
“eclética” (palavra que me provoca náuseas ao ouvi-la...) de todas as facções
da Academia. No entanto, o pagode parece dominar o grupo. Qual acadêmico já não
viajou no carro do Chefe tendo de escutar um cd de pagode (irei para o céu)
comentado pelo dono? O problema é, como contrariar o Chefe numa hora dessas? O
negócio é ouvir calado e torcer para o cd estar arranhado. Fazendo justiça,
vale ressaltar que o Big Boss curte mais o pagode de raiz, não esse espectro de
pagode moderno que consegue ser pior. Nesse quesito o Chefe é quase “carioca da
gema”. Também dá pra incluir nesse grupo o Figueira e o Fernando (pai de pagodeiro).
Esse último se distingue pelo fato de ser apaixonado por shows, espetáculos.
Percorre o RS e Brasil atrás de novos concertos independente do estilo musical.
Isso é bastante louvável.
Dessa “eclética” (espera aí que vomitarei de novo...)
destaca-se o Alexandre que, sem dúvida alguma, carrega o grande gosto pelo
melhor do rock e do blues internacional. Referência musical da Academia. Pedrinho já foi muitas vezes usado
como mula em suas viagens pelos oceanos. Um verdadeiro contrabandista de cds
internacionais. Torço para que um dia a casa caia.
Fechando esse primeiro grupo há o
Osmar. Esse é daqueles caras meio xiitas (me identifico com isso). Não parece
se apaixonar por coisas novas que surgem no cenário musical. Tem estilo de rock
clássico, seja ele internacional ou nacional. Falando nisso, Osmar foi o
responsável por me apresentar aquela que se tornou para mim uma das melhores
bandas nacionais: o Secos e Molhados. Aconteceu em um retorno de competição de
POA. Colocou no carro e gostei já na primeira música. Daí em diante conheci o
resto dos álbuns e virei fã. Além disso, também curte ler biografias de
clássicos do rock. Ou seja, não se limita à música, quer conhecer o contexto e
o autor. Isso é importantíssimo para conhecer a alma do que se escuta.
Já no grupo dos “novatos” e
dos “nem tão novatos assim”, meu destaque vai para o Otávio. Esse parece ter
herdado parte de DNA que também constituiu o seu tio. Na verdade, ele parece
ter sido o único a receber tais heranças, visto que seu irmão mais velho, o
Marcelo, parece ter ficado excluído desse processo. Otávio vem tendo uma formação
musical bastante interessante. Baterista, tem como grande foco o Indie Rock
(que no meu tempo levava mais a denominação de Rock Alternativo). No entanto, o
mais importante é que demonstra uma capacidade e um grande interesse em
conhecer outros estilos. A ele só falta conhecer mais a fundo a raiz do rock o
que, tenho certeza, já está em andamento. Tem tudo para se tornar o maior
conhecedor de rock da família. Aproveitando o tema, restou tecer algumas
palavras sobre o Marcelo. Confesso que esse foi a maior decepção que tive na
Academia em termos musicais. Logo quando o conheci, Marcelo era baterista
(assim como seu irmão se tornou) e fanático pela banda canadense Rush. Bom, de
cara achei que se tratava de uma grande rockeiro e conhecedor do assunto. Mera
ilusão! Com o tempo Marcelo abandonou o instrumento e passou a frequentar
shows, nada agradáveis, como o da Ivete Sangalo (em detrimento de shows com
Roger Water, Iron Maiden, Oasis, etc.). Para piorar, as tardes de sábado da
Academia foram “musicadas” com a sua voz declamando as poesias de Vítor e Léo.
Foram meses de tortura e sofrimento daqueles que buscavam um sábado prazeroso
nas dependências da AFM. Em termos musicais, Marcelo se tornou, como diria a
Rita Lee, a Ovelha Negra da Família...
Alguns acadêmicos são mais
difíceis de se determinar um gosto musical, caso do Kill Bill (apostaria que
ele gosta de qualquer coisa nacional), ou de Bruno (baita cara de quem também
foi formado musicalmente curtindo uma Atlântida FM). Dos irmãos Pierobom o
Matias é quem mais abertamente explicita parte de seu gosto musical. O grande
Bob Marley parece ter sido parcela importante de sua juventude. Ponto para ele,
pois como dizia o rei, quem não bate um pezinho ao ouvir um reggae está morto!
Ponto para ele! Já o Tiago parece ser fã número um da Banda da Torcida do
Pelotas.
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A visão do Rock para o Badia |
O Badia parece aqueles
pastores norte-americanos que queimavam discos do Beatles e do Kiss! Para ele
Rock parece ser coisa de maconheiros adoradores do satã! Logo, também deve
curtir um pagode ou sertanejo.
E o Alemão? Ah, essa conta é
fácil: Augusto + Cerveja + Fanfarronice = samba!! Obviamente o samba e o pagode
fazem parte de sua (de)formação musical. Ele não precisa nem abrir suas preferências.
E o Pedrinho? Pedrinho
parece ter sentido falta de alguém que, em sua adolescência, compartilhasse com
ele um caminho musical interessante. No entanto, o que falar de um cara que já
foi a 2 shows do Paul McCartney, um do Eric Clapton e um do Kiss? Nunca é tarde
para se buscar a cultura musical. Nesse quesito, Pedrita corre a passos largos
para superar o Marcelo...
Bom, foi um prazer compartilhar minha paixão pela música nas últimas semanas. Espero que alguém tenha se identificado ou, pelo menos, se divertido em alguma passagem.
Como diria o Mestre Ronnie James Dio: Long live Rock n' Roll!
Longa vida ao blog!
4 comentários:
Show de bola a coluna!!!
Forte abraço!!!
Sem dúvidas a melhor coluna da semana. E vamos deixar claro que sempre fui MUITO FÃ dos Beatles, para quem não sabe, a banda do John Lennon.
Sensacional.
muito boa!!! acho que o badia e funkeiro
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