quinta-feira, 15 de novembro de 2012

MANIFESTO & SOM, por Juarez Fuão


Como em todas as associações de futmesa do Estado, a Academia também apresenta certa relação com a música. Cada integrante possui uma maneira particular de se relacionar com o assunto. Uns “vivem” por causa da música, outros vivem e jogam por música, há aqueles que jogam apesar de não entenderem nada de música e etc. O mais importante é que existem acadêmicos que fazem da música uma matéria importante para a sua vida. Vejamos alguns exemplos nem tão semelhantes assim:

A Velha Guarda é a mais “eclética” (palavra que me provoca náuseas ao ouvi-la...) de todas as facções da Academia. No entanto, o pagode parece dominar o grupo. Qual acadêmico já não viajou no carro do Chefe tendo de escutar um cd de pagode (irei para o céu) comentado pelo dono? O problema é, como contrariar o Chefe numa hora dessas? O negócio é ouvir calado e torcer para o cd estar arranhado. Fazendo justiça, vale ressaltar que o Big Boss curte mais o pagode de raiz, não esse espectro de pagode moderno que consegue ser pior. Nesse quesito o Chefe é quase “carioca da gema”. Também dá pra incluir nesse grupo o Figueira e o Fernando (pai de pagodeiro). Esse último se distingue pelo fato de ser apaixonado por shows, espetáculos. Percorre o RS e Brasil atrás de novos concertos independente do estilo musical. Isso é bastante louvável. 

Dessa “eclética” (espera aí que vomitarei de novo...) destaca-se o Alexandre que, sem dúvida alguma, carrega o grande gosto pelo melhor do rock e do blues internacional. Referência musical da Academia. Pedrinho já foi muitas vezes usado como mula em suas viagens pelos oceanos. Um verdadeiro contrabandista de cds internacionais. Torço para que um dia a casa caia. 

Fechando esse primeiro grupo há o Osmar. Esse é daqueles caras meio xiitas (me identifico com isso). Não parece se apaixonar por coisas novas que surgem no cenário musical. Tem estilo de rock clássico, seja ele internacional ou nacional. Falando nisso, Osmar foi o responsável por me apresentar aquela que se tornou para mim uma das melhores bandas nacionais: o Secos e Molhados. Aconteceu em um retorno de competição de POA. Colocou no carro e gostei já na primeira música. Daí em diante conheci o resto dos álbuns e virei fã. Além disso, também curte ler biografias de clássicos do rock. Ou seja, não se limita à música, quer conhecer o contexto e o autor. Isso é importantíssimo para conhecer a alma do que se escuta.

Já no grupo dos “novatos” e dos “nem tão novatos assim”, meu destaque vai para o Otávio. Esse parece ter herdado parte de DNA que também constituiu o seu tio. Na verdade, ele parece ter sido o único a receber tais heranças, visto que seu irmão mais velho, o Marcelo, parece ter ficado excluído desse processo. Otávio vem tendo uma formação musical bastante interessante. Baterista, tem como grande foco o Indie Rock (que no meu tempo levava mais a denominação de Rock Alternativo). No entanto, o mais importante é que demonstra uma capacidade e um grande interesse em conhecer outros estilos. A ele só falta conhecer mais a fundo a raiz do rock o que, tenho certeza, já está em andamento. Tem tudo para se tornar o maior conhecedor de rock da família. Aproveitando o tema, restou tecer algumas palavras sobre o Marcelo. Confesso que esse foi a maior decepção que tive na Academia em termos musicais. Logo quando o conheci, Marcelo era baterista (assim como seu irmão se tornou) e fanático pela banda canadense Rush. Bom, de cara achei que se tratava de uma grande rockeiro e conhecedor do assunto. Mera ilusão! Com o tempo Marcelo abandonou o instrumento e passou a frequentar shows, nada agradáveis, como o da Ivete Sangalo (em detrimento de shows com Roger Water, Iron Maiden, Oasis, etc.). Para piorar, as tardes de sábado da Academia foram “musicadas” com a sua voz declamando as poesias de Vítor e Léo. Foram meses de tortura e sofrimento daqueles que buscavam um sábado prazeroso nas dependências da AFM. Em termos musicais, Marcelo se tornou, como diria a Rita Lee, a Ovelha Negra da Família...

Alguns acadêmicos são mais difíceis de se determinar um gosto musical, caso do Kill Bill (apostaria que ele gosta de qualquer coisa nacional), ou de Bruno (baita cara de quem também foi formado musicalmente curtindo uma Atlântida FM). Dos irmãos Pierobom o Matias é quem mais abertamente explicita parte de seu gosto musical. O grande Bob Marley parece ter sido parcela importante de sua juventude. Ponto para ele, pois como dizia o rei, quem não bate um pezinho ao ouvir um reggae está morto! Ponto para ele! Já o Tiago parece ser fã número um da Banda da Torcida do Pelotas.

A visão do Rock para o Badia
O Badia parece aqueles pastores norte-americanos que queimavam discos do Beatles e do Kiss! Para ele Rock parece ser coisa de maconheiros adoradores do satã! Logo, também deve curtir um pagode ou sertanejo.

E o Alemão? Ah, essa conta é fácil: Augusto + Cerveja + Fanfarronice = samba!! Obviamente o samba e o pagode fazem parte de sua (de)formação musical. Ele não precisa nem abrir suas preferências.

E o Pedrinho? Pedrinho parece ter sentido falta de alguém que, em sua adolescência, compartilhasse com ele um caminho musical interessante. No entanto, o que falar de um cara que já foi a 2 shows do Paul McCartney, um do Eric Clapton e um do Kiss? Nunca é tarde para se buscar a cultura musical. Nesse quesito, Pedrita corre a passos largos para superar o Marcelo...

Bom, foi um prazer compartilhar minha paixão pela música nas últimas semanas. Espero que alguém tenha se identificado ou, pelo menos, se divertido em alguma passagem.

Como diria o Mestre Ronnie James Dio: Long live Rock n' Roll!

Longa vida ao blog!

4 comentários:

Maurício disse...

Show de bola a coluna!!!

Forte abraço!!!

Pedrinho Gmail disse...

Sem dúvidas a melhor coluna da semana. E vamos deixar claro que sempre fui MUITO FÃ dos Beatles, para quem não sabe, a banda do John Lennon.

Otávio Vinhas disse...

Sensacional.

Augusto 2 - toques disse...

muito boa!!! acho que o badia e funkeiro