VINHAS DE ONDE? por Marcelo Vinhas

Enquanto os entrincheirados baianos seguem reforçando a defesa de suas linhas territoriais com o farto recebimento de suprimentos e munição, os estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Espírito Santo divulgam os resultados dos seus respectivos campeonatos estaduais. O foco agora é Salvador.

Ao mesmo tempo, a Academia de Futebol de Mesa recebe uma ilustríssima visita. Aconselho aqueles que primam pela boa educação a não continuarem a leitura. É impossível falar dessa pessoa com meias palavras. Seu nome é Paulo Fernando Malhão.

“Boa bola, Paulinho”. Essa sempre foi a frase dita pela maioria dos adversários a cada boa jogada que ele realizava no comando do seu Real Madrid. Fernandinho que o diga! O problema é que com o passar do tempo as jogadas já não estavam tão boas, mas a cordialidade dos amigos permanecia.

Paulinho, que não é trouxa nem nada, com freqüência passou a disparar: “Porra, vocês só me fodem e ainda dizem boa bola Paulinho!”. Ou então: “Assim não dá! A cada engatada que eu levo tenho que ouvir boa bola Paulinho!”. Sim, Paulo Malhão parou de jogar por causa do “boa bola, Paulinho”.

Eu gostaria de citar aqui algumas de suas frases, mas infelizmente a maioria não pode ser publicada por motivos que conhecemos. No entanto, aí vai uma mais branda: “Tem três caras aqui pra quem eu não gosto de perder. Dois deles são o Marcelino e o Pedrinho, porque são nojentos! E o outro é o Christian, porque eu acho que o Christian não é o bicho!”

E após quase dois anos ele voltou. Disse que em 2013 voltará com seu Real Madrid. Disse que “foda-se o Badia” (Badia queria mudar para o Real). Perguntou se já tinha cerveja na geladeira. Perguntou por Estefânio, de quem ninguém tinha notícias. Também perguntou quem era Tiago Oliveira. Tirou fotos com Augusto, Osmar e Tiago. Disse que o Augusto está gordo. Mandou Fernando para bem longe ao ser informado do valor da mensalidade. E, ao dar a notícia de que voltaria, ouviu de quase todos: Boa Bola, Paulinho.