segunda-feira, 22 de outubro de 2012

100 PAPAS NA LÍNGUA, por Pedrinho Hallal


O super clássico

Alguns botonistas imaginam que o maior clássico do futebol de mesa atual é Diógenes x Hamilton. Nos embarrados, alguns apostariam em Cristian x Alex. No futebol, Barcelona x Real Madrid lideram as preferências. O editor do blog mais lido do futebol de mesa tem certeza que o clássico Gothe x Dani pela Liga Inglesa é o mais emocionante. ESTÃO TODOS REDONDAMENTE ENGANADOS. Nada se compara a rivalidade do clássico Zilber x Figueira. O jogo pode ser amistoso, campeonato interno, campeonato estadual, brasileiro ou mundial. Ganhar do Zilber é a principal motivação de Figueira no futebol de mesa.

Os confrontos entre esses botonistas possuem uma história que nem o PhD Juarez Fuão conseguiria narrar. Frases marcantes incluem: “Tu sabes muito bem o que aconteceu”. Em todos os confrontos, existem discussões sobre a regra, sobre o local onde o botão deve encostar, a bolinha usada, enfim, tudo é motivo de polêmica.

Diz a lenda que nos primeiros jogos do confronto (lá pela década de 70), só dava Figueira. A partir do meio da década de 80, dizem que Zilber passou a vencer com maior frequência. A partir da virada do milênio, Figueira voltou a emparelhar os confrontos e hoje é impossível prever o resultado de cada clássico.

Os jogos normalmente ocorrem nos sábados, mas a tensão começa durante a semana. No tradicional churrasco de quinta-feira, já deu para notar que essa semana teria Zilber x Figueira. O CHEFE estava quieto, concentrado. Figueira, ao contrário, estava mais descontraído do que o normal. Tudo para passar ao CHEFE a impressão de que estava tranquilo. Eis que por volta das 22:30h Zilber vai para casa e Figueira segue com os amigos. Foi aí que Figueira contou a todos sua estratégia para o confronto dessa semana: “Vou irritar o CHEFE questionando algo óbvio da regra, e vou insistir até o final que estou certo. Isso vai desestabilizar ele”. Embora todos sejam grandes amigos do Figueira, não acreditamos que ele seria capaz de cumprir o prometido. Há vários anos que Zilber conhece a estratégia de Figueira, então achamos que ele não cairia nessa mais uma vez.

Puro engano. Bastou o jogo começar e deu para notar que Figueira estava com a estratégia montada na cabeça. Logo no começo, Zilber teve um chute de cavador, e Figueira colocou bem o goleiro. Chute na trave e a bola volta para o campo do CHEFE. Pimba! Figueira 1x0. Chegava então o momento que o Figueira tanto esperou. Num lance banal, Figueira questiona o árbitro sobre a regra. E o CHEFE cai como um patinho. O clima fica tenso. Figueira se faz de vítima e dá um bico para fora. Zilber fica indignado. Era o que precisava. Depois disso, Pimba, Pimba e Pimba. Figueira 4x0 e festa na Academia. Zilber abandona o prédio nervoso. Raspa o carro na calçada. Esquece o celular na Academia. Volta. Não fala com ninguém no retorno. Vai embora de novo. Não atendeu o telefone até o final do dia. Por isso, não consegui até agora ouvir a versão dele.

Imundos da capital

O time que se orgulha do estádio novo, que fica no meio da favela, conseguiu um empate heroico contra o forte Coritiba (não o das mesas) no estádio que virará um complexo comercial. Briga para garantir a vaga na fase preliminar da Sulamericana, embora seus torcedores, incluindo meu ídolo LFS, acreditem em Libertadores (e em Papai Noel também). Os sócios do time que não conquista título importante há mais de 10 anos mostram que querem mudança, expulsando o presidente amigo do editor bávaro. Fábio Koff é a esperança de não cair para a segundona pela terceira vez.

Já o time que fica na beira do rio conseguiu perder para o lanterna e para o vice lanterna na mesma semana. Somada a derrota para o Mazembe, só falta perder para o Ibis para lançar o filme, O Quatrilho, estrelando Paulo Zilberknop e Alex Degani. Em 2013, esses infelizes devem disputar a fase classificatória da Sulamericana contra o adversário da capital.

Xavante

O maior de todos confirmou a classificação para a próxima fase da copinha. Nada mais do que o óbvio. Na terça-feira, o time que fica no estacionamento de uma galeteria aqui da cidade deve dar adeus a competição, contra o time dos polenteiros. Pensando neles, deu vontade de cantar: “Para os polenteiros, o sonho acabou, pra série B, sou eu quem vou”.

Finais

Não adianta o Badia reclamar. As finais terão Marcelo, Mateus, Augusto, Alixa e mais dois, entre Osmar, Baggio e Zilber, com grande favoritismo para o CHEFE. Badia quase chegou e Juarez mostrou-se um tradicional cavalo paraguaio. Vale destacar que somente não estou nas finais porque não joguei o primeiro turno. Do contrário, os favoritos já estariam apavorados para tentar marcar OZilber, camisa 18. 

6 comentários:

Franzen Futebol de Mesa disse...

Fala Pedrinho...Gosto de "clássicos" mas este Zilber x Figueira deve superar facilmente o "temido" Celtic x Glasgow Rangers...hehehehe.

Parabéns pela coluna...Tá show de bola.

Abraço. Caju - Franzen F.M

Pedrinho Gmail disse...

Fala Caju!

Zilber x Figueira é o equivalente a EUA x União Soviética na política internacional no passado recente.

Abraços, Pedrinho

Anônimo disse...

VOU RECLAMAR SIM, PELO QUE SAIBA AINDA NÃO ESTOU MORTO FILHOTE PEDRINHO!

Pedrinho Gmail disse...

Morto fala?

BRENO JUNG KREUZNER disse...

Grande Pedrinho, acho que exagerastes um pouco quando do teu comentário sobre o nosso tricolor da azenha, primeiro campeão mundial da capital. De fato o Grêmio não tem elecno para ser campeão, porém, não é caso para rebaixamento como colocastes no teu comentário. O brasileirão é o campeonato mais parelho do mundo, todos sabem disto, e a 3a. colocação não é tão demeritória assim, não. Agora, Xavante o melhor ???? Melhor do quê???
forte abraço
Breno

Pedrinho Gmail disse...

Fala Breno

Como vai você? Xingar o gremio e o inter faz parte da minha atividade diárias... não fique brabo.

Abraços, Pedrinho