
Comecei a jogar futebol de mesa em 1984, mas só entrei no circuito estadual e nacional a partir de 1986. Neste ano joguei um estadual e um brasileiro e, na época, havia muitos botonistas que usavam ficha (ou palheta) - imagino que no Rio Grande do Sul 60% ou mais. Ainda nessa fase surgiu um botonista Jaguarense, que jogava com uma imensa régua. Álvaro Acosta, mais conhecido por Pitchon, sempre lembrado por seu arrojo na mesa, cavadas, cortadas e chutes precisos de longa distância, atraia para a volta de sua mesa inúmeros incrédulos... tinha de fato um jogo respeitável.
No início da década de 90 a régua começou a ganhar mais e mais adeptos, principalmente oriundos das categorias de base. O futebol de mesa saiu então da "fase romântica" e foi se tornando cada vez mais e mais competitivo. Também é importante dizer que antes de 1986 já existiam algumas "unanimidades" técnicas, que não pude ver jogar em suas melhores fases. Como exemplo, cito "Cláudio Schemes" e "Sérgio Pierobom"; ambos tiveram sua melhor fase antes de 1986, segundo comentavam na rodas. Infelizmente, eu ainda não pertencia ao meio.
Ainda fora do protocolo, eu não poderia omitir outros nomes que eram também protagonistas da "fase romântica" (denominação independente) do futebol de mesa, como Alexandre Gomes, Paulo Schemes, Careca, Ronir, Aldyr Schlee. Estes, antes de bons resultados, apresentavam um jogo bonito, técnico e com toques refinados, características quase "extintas" nas competições atuais.
Como exemplo do momento da mudança da palheta para a régua posso citar o botonista Guido Garcia, que passou de uma para outra para se tornar um dos maiores botonistas de todos os tempos. Se eu tivesse que dar um parecer sobre o jogo do Guido, diria que é um misto de jogador de régua e de palheta, aliando a técnica da palheta com a precisão da régua.
Faço estas referências porque, atualmente, com a evolução do futebol de mesa e o domínio dos adeptos da régua, os "românticos" perdem as melhores posições para os "competitivos" e, no meu ponto de vista, deixariam de ser lembrados (injustamente) na entrevista. Digo isso partindo do princípio de que a história do futebol de mesa tem 40 anos, e não 20.
1) Quem são os três melhores (em ordem) botonistas de liso do RS?
Marcelo Vinhas, Mateus Pierobom, Daniel Pizzamiglio
2) Quem são os três melhores (em ordem) botonistas de liso do Brasil?
Diógenes, Gabriel, Hamilton
3) Quem são os três melhores (em ordem) botonistas de cavado da atualidade?
Marcelo Vinhas, Sílvio Silveira, Alex Degani
4) Quem são os três melhores (em ordem) botonistas de cavado de todos os tempos?
Cristian Baptista, Marcelo Vinhas, Róbson Bauer
5) Quem são os três adversários (em ordem) mais difíceis de se fazer gol no cavado?
Duda, Alex Degani, Augusto Nedel
6) E quais os três adversários (em ordem) mais difíceis de serem segurados no cavado?
Marcelo Vinhas, Alex Degani, Victor Meeking
A entrevista do Osmar era a última que tínhamos na fila para publicação. Continuarei recebendo entrevistas pelo email prchallal@gmail.com. Holanda na final, mas Uruguai campeão...
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