Pedrinho na Terra da Rainha

A crise do Chefe

A coluna dessa semana não poderia deixar passar o grande assunto do momento no futmesa mundial. Depois de conquistar praticamente sozinho para a Academia o campeonato estadual por equipes de liso o Chefe entrou numa fase de maus resultados assustadora. Nesse texto, procuraremos entender as causas do fenômeno, assim como buscar soluções para que o Chefe volte a ser o mesmo de sempre. Para entendermos o que está acontecendo, devemos encarar os fatos, sem rodeios, sem censura. Vamos então a algumas possíveis explicações para a crise do Chefe. Adianto, desde já, que eu acredito que a quinta razão seja a correta.


1. Talvez a razão da crise esteja no remorso por ter "garfado" o botonista Otávio Vinhas alguns sábados atrás. Naquela oportunidade o Chefe fez dois gols irregulares, sendo que o segundo foi vergonhoso. O árbitro Alexandre tentou avisar que não tinha sido gol, mas não houve jeito. O Chefe já tinha decidido que tinha sido gol e deu um daqueles olhares para o Otávio. Coitado do rapaz, só podia confirmar, por medo de receber uma "reguada" na cara. O empate conquistado de forma desonesta pode ter afetado o Chefe, que não conseguiu se livrar do remorso de ter "garfado" três pontos certos do jovem botonista e cover de Beatle.

2. Será que a ingestão de bebidas alcoólicas na comemoração do título por equipes pode ter gerado uma ressaca de longa duração no Chefe, afetando seu desempenho na mesa?

3. Será que o título de Osmar, ex-amor e atual desafeto do Chefe, mexeu com as estruturas emocionais do Chefe, abalando seu desempenho na mesa?

4. Será que a proximidade da Páscoa poderia explicar os maus resultados? Nem todos sabem, mas essa data é especialmente triste para o nosso Chefe, um assunto que será abordado em uma de nossas colunas futuras.

5. Ou seria essa má fase uma armadilha, para que todos dêem o Chefe como eliminado? Existem boatos de que o Chefe partirá para uma reação histórica no segundo turno. Parece-me que essa é a explicação mais lógica.

Em termos de soluções para que os resultados voltem, tudo depende de qual explicação anterior está correta.

1. Caso a má fase seja fruto de remorso, sugiro que o Chefe entre com uma ordem (nunca um pedido) para que os três pontos daquele jogo fatídico sejam computados para o Otávio. Essa medida, simples e objetiva, pode resolver rapidamente a má fase do Chefe.

2. Caso a segunda explicação seja a correta, sugiro que o Chefe procure ajuda do mesmo grupo anônimo que está tratando dos problemas relacionados ao álcool de outro membro ilustre da nossa AFM. Por questões de sigilo, não posso revelar o seu nome.

3. Se o Osmar for o problema, sugiro que o melhor caminho para resolver o problema seja a conversa. Sabe-se que o amor e o ódio sempre caminharam juntos. Nesse caso, tenho certeza de que o Osmar estaria receptivo para uma conversa conciliadora com o Chefe, afinal "amor é amor".

4. Se a Páscoa é o problema, somente a terapia pode ajudar. A síndrome de Estocolmo é uma conhecida desordem psicológica que deve ser enfrentada.

5. Caso a quinta opção seja a verdadeira (o que eu acredito), o azarado sou eu, que retornarei no segundo turno, provavelmente para sofrer não só uma derrota, mas também um berro e um FS inesquecíveis.

Pedro Hallal