Edição da Semana!

Marcelo vence o Encerramento

Marcelo Vinhas foi o campeão do Torneio Aberto (Encerramento) no último sábado, que neste ano foi disputado na modalidade liso. A vice-colocação ficou com Mateus Pierobom, seguido de Osmar Iost Jr e o convidado José Octávio Badia (COP).

FOTO: Um dia antes da última rodada do Brasileirão a dupla Gre-Nal estava representada na partida final do Torneio Aberto da Academia. Resultado: Deu Grêmio no sábado e não deu Inter no domingo!

COLUNA DO PEDRINHO

Nosso botonista Pedrinho Hallal, empolgado com o título do seu Flamengo, resolveu escrever um texto que homenageia seu clube e seu filho, conforme segue abaixo:

O Flamengo, o Lucas e Eu

Tem que ser coincidência. Só pode ser coincidência. Mas é uma daquelas coincidências que me deixam com a boca aberta. No dia 15 de abril de 1980, eu nasci. Não sei bem como aconteceu (ou melhor, agora eu sei), mas eu vim ao mundo no começo da manhã do dia 15 de abril. Até lá, o Clube de Regatas do Flamengo tinha os tricampeonatos cariocas, mas ainda era pouco. Era muito pouco. E não é que naquele mesmo ano, o Flamengo ganhou seu primeiro título brasileiro? E não é que a partir de 1980, o Flamengo ganhou tudo em um curto período de tempo? Saímos ilesos da batalha contra o Cobreloa na Libertadores, massacramos o Liverpool em Tóquio, vencemos o brasileiro de novo em 1982, 1983 e 1987. A sequência continuou com a Copa do Brasil e com o brasileirão de 1992. É claro que o meu nascimento não tem nada a ver com isso tudo, os "culpados" são o Zico e sua turma. Mas será coincidência?

Daí para frente, passamos por um período triste. Pessoas usaram o Flamengo para se promover, fazendo com que a comemoração do nosso centenário fosse mais motivo de vergonha do que de orgulho. O começo do novo milênio não nos trouxe muitas alegrias. A briga contra o rebaixamento era rotina. Eu vi corpo mole, eu vi desrespeito, eu vi (e continuo vendo) corrupção. Enfim, eu vi de tudo. E sofri muito.

Felizmente, num certo ano, houve uma ressurreição. O Flamengo era lanterna do campeonato brasileiro, mas encaixou uma série incrível de vitórias, chegando à zona da libertadores ao final do campeonato. E muito mais importante do que isso: o Flamengo reconquistou o seu maior patrimônio: a torcida rubro-negra. Na Libertadores do ano seguinte, começamos muito bem. Nas oitvas de final, vencemos o América do México por 4x2 fora de casa. No domingo, ganhamos mais um campeonato carioca (que rotina boa essa...). Na quarta, era só cumprir tabela para garantir a classificação para as quartas de final da libertadores. Mas não conseguirmos. Fraquejamos em casa.

No entanto, o fracasso não conseguiu apagar o que de mais importante aconteceu naquele ano. A maior torcida do Brasil ressucitou. Não se sabe de onde, não se sabe como, mas a maior torcida do Brasil acordou.

Mas continuava faltando o título importante. Em 2008, lideramos o campeonato por um bom tempo, mas fraquejamos novamente na reta final. Seria esse o novo destino do Flamengo? Um clube que até 1992 tinha chegado cinco vezes entre os quatro primeiros do campeonato e vencido as cinco vezes? Tínhamos deixado de ser um time de chegada para virar mais um desses frequentes vice campeões (ou quase campeões)?

Eis que em 2009, nasce meu filho, Lucas, no dia 16 de março. É claro que isso é coincidência. Em novembro de 2009 o Flamengo tem a chance para assumir a liderança do campeonato num Maracanã lotado contra o Goiás. E eis que o Flamengo fraqueja mais um vez. É, realmente tínhamos virado um time do quase. Como eu iria explicar isso para o Lucas?

Mais nesse ano haveria de ser diferente. Isso porque esse ano tínhamos um vencedor no banco de reservas. Tínhamos um técnico do estilo do Flamengo. O Flamengo é muito maior do que as pessoas isoladamente, e o Andrade, com sua humildade, personafica exatamente o que é o Flamengo. Vencemos o Corinthians fora de casa e contamos com o tropeço dos rivais. Era só ganhar do time misto do Grêmio no Maracanã lotado que seríamos campeões. Mas novamente fraquejamos. Fizemos um primeiro tempo nervoso, pesado. Mas eis que achamos a vitória no segundo tempo, e finalmente a redenção. Agora posso dizer para o Lucas que voltamos a ser o time de chegada, e não o time do quase. O que esperar dos próximos anos? E agora quem vai nos segurar? Quem será capaz de segurar a maior torcida do Brasil?

O jogo Flamengo x Grêmio foi assistido por mim em um bar brasileiro em Londres, com cerca de 300 flamenguistas, (todos fardados), 1 colorado e 2 são paulinos. O bar era uma extensão do Maracanã.

E Lucas, bem vindo ao mundo. Um Maracanã lotado lhe dás as boas vindas.

Pode até ser só coincidência...